I Love Brides

Twin Flame

Existe uma forma de amar que devia de ser a primeira forma de amar

Na minha opinião devia de ser, mesmo, matéria de escola: temos de ensinar às nossas crianças (os futuros adultos) o amor-próprio.Só quando temos amor-próprio é que conseguimos amar os outros. E ter amorpróprio não é ser egoísta, é, sim, conhecermo-nos a nós próprios e tratarmos bem de nós; cuidar do nosso bem-estar; criar boundaries (limites) em relação a tudo o que é abusivo para nós. 
Investi oito anos numa relação em que não me sentia completamente feliz. Apesar de insatisfeita continuei a acreditar nas palavras desse “parceiro”. A educação que tive, enquanto mulher, foi baseada na aceitação, mas percebi que o amor incondicional, o amor que aceita tudo, é um tipo de amor que aceita “tudo” excepto o amor-próprio.
Quando, finalmente, terminei esta relação conheci outra pessoa, em poucos meses tudo terminou. O final desta relação deixou-me devastada, mas após este choque inicial percebi que era a oportunidade de estar sozinha e focar-me em mim mesma, solidificando a minha consciência espiritual.
A falta de amor-próprio atraíra um tipo de energia abusiva. Ou seja, após uma longa relação de 8 anos, apostei numa nova pessoa, contudo, a energia era semelhante. Acreditar na pessoa errada pode nos trazer um conjunto de problemas que inicialmente não detectamos. 
Este foi o momento chave. Fiz questão de tirar tempo para mim investindo no meu crescimento interior. Comecei a interessar-me por tarot, descobri a astrologia e “estudei” a minha própria energia.
Aprendi sobre Manifestação e métodos de utilizar a energia da lua para terapias de libertação de medos e “crenças” que nos bloqueiam.
Durante vários meses rejeitei qualquer tipo de aproximação amorosa. Foquei-me em mim e por fim, consegui alinhar a minha energia com maior confiança de que havia algo melhor guardado para mim. Dei “tempo ao tempo”. Comecei a sentir uma sensação de bem estar e um mundo de descobertas outrora ainda não exploradas.
Há um ano atrás, enquanto estudava a parte espiritual do ser humano, encontrei a palavra Twin Flame – é um conceito recente, próximo do registo “Alma Gémea”, mas baseia a sua teoria na energia da alma que é separada em dois seres humanos diferentes. Enquanto a alma gémea é alguém compatível com o nosso dia-a-dia, o Twin Flame são duas pessoas com a mesma alma. 
Investi neste estudo e um dia senti que estava finalmente pronta, abri o meu coração ao Universo, e sem expectativas manifestei encontrar o meu Twin Flame. Pode parecer mentira, foi no dia 7 de Novembro de 2019. Uma linda surpresa ocorreu exactamente um dia depois.
Recebi uma mensagem de alguém que eu não conhecia (um amigo francês de uma amiga em comum) que inesperadamente convidou-me a sair, o Warren Lecart.
Eu estive quase a cancelar este encontro, principalmente porque ele referiu que não falava inglês. Contudo, saí da minha zona de conforto e segui rumo a este encontro.
No instante em que os meus olhos cruzaram com o Warren pela primeira foi um momento de impacto. Senti que tudo o que eu tinha passado era uma aprendizagem que me transformou num ser humano melhor.
Passadas poucas horas acabei por descobrir que astrologicamente fazemos uma sincronização divinal nos nossos mapas astrais: fazemos uma geometria astral perfeita. 
A nossa relação começou com cada um a viver em países diferentes e sempre em viagens de trabalho, somos ambos fotógrafos e temos o mesmo estilo de vida. Mas a distância física nunca foi uma distância emocional. E muito menos um obstáculo para planear as nossas agendas em comum.
Apesar de estarmos juntos há poucos meses, sabíamos que “it’s meant to be”. O facto de fazermos a quarentena os dois sozinhos permitiu idealizar uma família e foi isso mesmo que aconteceu. A melhor notícia de 2020: vamos receber o nosso primeiro filho em breve.
A minha gravidez inspira-me para momentos únicos e criar memórias marcantes na minha vida.
Eu tinha a certeza que era menino e não queria descobrir o sexo do bebé, apenas no dia do nascimento. Convenci o Warren que o nosso primeiro filho era menino, mas percebi que ele gostava de saber o sexo do bebé porque era um modo de se sentir mais conectado à gravidez.
Estando em Paris tive uma ideia que fazia todo o sentido para ambos.
Contextualizando, há um ano atrás fiz uma viagem sozinha até Paris, com o propósito de ir até ao topo da Torre Eiffel pela primeira vez, no dia do meu aniversário. Estava solteira, sentia-me muito bem e a gozar da minha independência.
Este ano encontrava-me novamente em Paris, com o Warren e grávida pela primeira vez. Foi aí que decidi um dos momentos mais emocionantes que alguma vez experienciei. No dia do meu aniversário visitei a Torre Eiffel com o meu namorado e abrimos um cartão com uma faixa que revelava o sexo do bebé. Por baixo dessa faixa estava escrito “é menino” ou “é menina”.
Como a nossa família, amigos e colegas de trabalho estão em diferentes países, partilhei todos os momentos desse dia no meu Instagram, contudo, não revelei publicamente o sexo. Para eternizar o momento, contratamos uma fotógrafa e posso dizer que foi a melhor decisão de sempre. Sendo eu fotógrafa senti imenso orgulho nesta profissão de criar memórias de vida, confiando este registo a um profissional.
Após receber imensas mensagens de amigos curiosos por descobrir o sexo do bebé, decidi criar mais um momento especial. É menino ou menina? Entre palpites e votações nas redes sociais, descubra tudo sobre o anúncio público com directo no Instagram do meu baby shower num artigo na edição 2021 da revista I LOVE Brides.
As ligações intrínsecas associadas a todo este percurso espiritual são mágicas. A evolução que podemos alcançar é, também, para as gerações futuras, quebrar padrões repetitivos e valorizar o amor-próprio e auto-estima são bases educacionais fundamentais.

Sandie Boloto

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Fotos: Paulina Weddings